domingo, 31 de janeiro de 2010
Um poema é eterno !
Era tradicional: no dias das mães, eu escrevia um poema e mandava para mamãe junto com as flores, é claro. Foram anos assim, até que Deus a levou. Encontrei seus álbuns de fotografias e, para minha surpresa, meus poemas, o que levou-me à seguinte conclusão: As flores murcham e morrem; Mamãe... também morreu mas meus poemas são “Eternos”.
Escolhi um e mostro para meus amigos.
O ABRAÇO JUSTO
Mãe... que curte o filho inato nove meses...
que repete o ato indefinidas vezes
esquecendo do parto ansiedade e dores!
Que tem a alma a transbordar carinho!...
Ainda vejo no teus braços, ninho
e no teu beijo, perfume de flores!
Mãe!... deste-me a vida e a tua vida!...
Deste-me também despercebida
um exemplo de trabalho sem cansaço...
como poderia negar-te um só abraço
num só dia que se passa tão ligeiro?!
Deus é bondoso e justiceiro...
Certamente, abraçar-te-á
O ANO INTEIRO!
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