domingo, 7 de fevereiro de 2010
Como nasceu este caderno
Certo dia, encontrei-me com o amigo Antonio Canabarro Tróis Filho; Poeta, jornalista e grande escritor, profundo conhecedor das coisas de Canoas. Mostrou-me material que possuía para falar sobre o bairro Niterói, (Canoas) dos tempos das grandes enchentes, problema que só foi solucionado com a construção do dique. Falei a ele que tinha material documentado com fotografias da última enchente que aconteceu no bairro Rio Branco (Canoas). Convidou-me para fazermos um livro em parceria; ele falando da Niterói e eu do bairro Rio Branco, o que aconteceu patrocinado pela Fundação Cultural de Canoas e a Prefeitura Municipal da mesma cidade. Aqui, um pouco do que falei após 40 anos do último flagelo.
O BAIRRO RIO BRANCO DE ONTEM
Quem não viu não acredita
que esta zona tão bonita,
com as ruas asfaltadas,
com árvores nas calçadas
foi sinônimo de tortura!...
aqui, qualquer criatura
dormia sobressaltada
porque a água era malvada;
impiedosa, cruel e fria
e surpreendia quem dormia!
Morou num vagão de trem
muita gente flagelada!...
Na Igreja Imaculada,
que só praticou o bem,
tornou-se abrigo também
daquela gente sofrida;
era amor, casa e comida
mais as preces do Vigário,
do grande “Padre Lotário”
à “Virgem”, por melhor vida!
Até que o Prefeito Lagranha,
com o Padre e outros mais,
trouxeram aos nossos quintais
numa grandiosa façanha
o Presidente do país
que num decreto feliz
mandou construir o dique ...
graças à Virgem Maria!...
E a partir deste dia
o bairro feio ficou chique!
Molhado, mas com coragem,
fiz esta reportagem
nesta parte da cidade
e deixo à posteridade!...
Quero que fiquem por chagas
àqueles que não tem fé;
não viram aquelas pragas
e não crêem no que digo!...
Sejam o meu São Tomé!...
Toquem nas fotos deste amigo!
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domingo, 31 de janeiro de 2010
Pai, Mãe e Amor...
Porque falei de mães num poema dedicado aos pais no seu dia.
Atendendo a um pedido do Padre Lotário ( Pároco da Igreja Imaculada Conceição)Bairro Rio Branco-Canoas, compus um poema para dizer após a última missa da manhã.
Mostrei a ele antes de começar a missa. Ele leu e disse-me: Não... não, tu não falaste nas mães! Respondi: mas o dia é dos pais , Padre! Notando nele a grande preocupação com a família, ali mesmo no balcão tomei a caneta e, ao sabor de um improviso, modifiquei o poema , que ficou assim:
SER PAI
Pai, filho, mães e amores,,,
são fatores que alicerçam uma família,,,
e o pai,,, é o grande esteio, é o mentor nesta sagrada trilha,,,
mas jamais seria pai sem um destes fatores!
Ser pai,,, é plantar de si uma semente,
e ver germinar o sonho tão sonhado:
o de ter um filho como resultado...
e dele ser cativo eternamente!...
É curtir a planta que cresce mas demora
zelando por seus passos dia-a-dia!...
compartilhar com ela na alegria...
e com ela chorar quando ela chora!
Ser pai... é enfrentar o sublime desafio
de apontar ao filho os caminhos de Cristo...
e na incerteza do êxito previsto,
perguntar-se: será que ele seguiu?...
É dedicar-se a vida inteira com afinco
a esta planta que lhe deu o Pai Soberano
e receber por presente, um dia a cada ano!...
Porque não ganhar trezentos e sessenta e cinco?
Um poema é eterno !
Era tradicional: no dias das mães, eu escrevia um poema e mandava para mamãe junto com as flores, é claro. Foram anos assim, até que Deus a levou. Encontrei seus álbuns de fotografias e, para minha surpresa, meus poemas, o que levou-me à seguinte conclusão: As flores murcham e morrem; Mamãe... também morreu mas meus poemas são “Eternos”.
Escolhi um e mostro para meus amigos.
O ABRAÇO JUSTO
Mãe... que curte o filho inato nove meses...
que repete o ato indefinidas vezes
esquecendo do parto ansiedade e dores!
Que tem a alma a transbordar carinho!...
Ainda vejo no teus braços, ninho
e no teu beijo, perfume de flores!
Mãe!... deste-me a vida e a tua vida!...
Deste-me também despercebida
um exemplo de trabalho sem cansaço...
como poderia negar-te um só abraço
num só dia que se passa tão ligeiro?!
Deus é bondoso e justiceiro...
Certamente, abraçar-te-á
O ANO INTEIRO!
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Posse na Academia Castro Alves
Na Academia de Artes, Ciência e Letras Castro Alves - Porto Alegre,
Havia uma cadeira vaga, sem patrono.
Fui convidado pela presidente Glory Eichenberg (já falecida) para criar um patrono e ocupá-la.
A minha escolha foi Jayme Caetano Braun,Pageador "xucro", o que foi aceito.
Convidei para meu paraninfo o senhor Nelson Fachinelli, poeta e ativista cultural, presidente da Casa do Poeta Rio-grandense.
Sendo Jayme um poeta xucro, no meu discurso de posse, em sessão realizada no dia 26 de outubro de 2002, na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, descrevi a vida do patrono em versos.
O que mais me emocionou naquela oportunidade foi uma surpresa preparada por Fachinelli: ao apresentar-me, citou a minha trajetória também em versos.
Sou um eterno agradecido, andem eles na dimensão em que andarem, obrigado Glory, obrigado Fachinelli.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Minha apresentação
Aqui estou na minha primeira postagem virtual;
nesta comunicadora onda internacional
partindo do sul do meu Brasil!...
Quero mostrar melhor o meu perfil
e um pouco mais do meu trabalho.
De tudo o que já fiz... é um retalho.
Moacyr Ayres da Siqueira nasceu em Porto Alegre, RS, em 20/2/1933, e reside em Canoas. Possui trabalhos publicados em jornais de Canoas, Porto Alegre e interior do RGS, como também em livros e antologias. Recebeu Menção Honrosa em Poesia, no concurso e exposição “Nona Imagem de Quintana”. Obteve a segunda colocação no concurso de poesia “50 anos do CSSGAPA”.
Segundo vice-presidente, diretor do Departamento Tradicionalista e Poeta Acadêmico na Cadeira 34 do patrono Jayme Caetano Braun da Academia de Artes, Ciências e Letras Castro Alves, de Porto Alegre.
Participou como colaborador do livro do cinquentenário da Igreja Imaculada, contando em versos a história da igreja.
No livro “Dona Mocinha, a história de uma mulher comum”, versificou a história da protagonista, cujo busto foi inaugurado na Praça Dona Mocinha, no bairro Niterói, em Canoas.
Participa da Academia Gaúcha dos Poetas de Cordel, que possui sede em Porto Alegre.
Participou da I, II, III e IV Coletânea - Poesia, Conto e Crônica da Casa do Poeta de Canoas, editadas em 2003, 2005, 2007 e 2009, entidade da qual é sócio-fundador e ativo participante.
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