sábado, 10 de janeiro de 2015

Picanha não mata ninguém


PASSAGEM DE ANO (1995-1996)
 
Na cobertura do Rogerio...




Graças ao Pai soberano,
atravessei mais um ano
mateando e tomando trago!...
Levei a vida na manha
saboreando uma picanha
ao modo xucro do pago;
com farinha e aipim,
coisas que Deus deu pra mim
para espichar minha vida
e deixar bem mais comprida
que sermão de ‘Padre gago”.

Hoje o negócio é mais sério,
é no “ rancho do Rogerio”
que acaba o noventa e cinco,
a festa cai como um brinco
e a gente tira o chapéu,
por ser na beira do asfalto
e num prédio muito alto
sinto-me perto do céu!...

E que Deus ouça minha voz
e dê uma olhada em nós
agora em noventa e seis,
eu confesso pra vocês
neste verso xucro e rude
que dinheiro não faz mal,
mas arranjo ao natural
se Ele me der saúde.

Seu Milton... vai uma pista,
a picanha que tenho em vista
é coisa pra o ano que vem;
é lá pelo Parque Schen
e quem quiser que se encoste
e depois levante um poste
pra picanha descer bem!...
Picanha não mata ninguém.

Perdão se falei asneira,
é que a vida é traiçoeira
por isso apego-me a Deus!...
e são os desejos meus
que Deus benza nossa trilha;
caminhos tortos da vida
e mantenha sempre unida
esta pequena Família!

Moacyr Ayres da Siqueira 
 31-12-1995

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